Implantada numa área de 10 mil hectares, a Fazenda do Longa conta uma unidade fabril para o processamento de 150 toneladas de arroz por dia, ou seja, desde a secagem, descasque e embalagem, assim como três silos com capacidade de armazenar cada três mil toneladas deste cereal.

O responsável da fazenda, Tomás Barroso garantiu que o grande potencial da Fazenda Agro-industrial do Longa vai permitir que no futuro a sua instituição seja seguramente um dos principais fornecedores de arroz em Angola.
O engenheiro agrónomo Tomás Barroso assegurou que ALCAAL-Angola assegurou de que o investimento feito na Fazenda Agro-industrial do Longa dará frutos significativos, visto que o empreendimento possui a maior fábrica de processamento de arroz do país.
“Hoje, podemos dizer que a Fazenda Longa tem uma produção em grande escala, pois cultivámos na campanha passada uma área de 600 hectares, que já são valores representativos e para esta época agrícola a produção prevê aumentar numa área de 800 hectares”, disse.
Apontou que um dos principais ganhos até ao momento foi a identificação das duas variedades de arroz do Brasil e da China que têm melhor desempenho na área de produção na comuna do Longa, assim como formar e capacitar pessoal local para atender as diversas tarefas do empreendimento.
A principal aposta da ALCAAL-Angola é conseguir produzir 100 por cento dos 1.500 hectares que abrangem o projecto, bem como a recuperação dos equipamentos de irrigação para atingir o máximo potencial de rendimento com o arroz.
“Neste momento, não conseguimos trabalhar os 1.500 hectares de área de produção que contemplam a Fazenda Agro-industrial do Longa, por questões operacionais, mas todos os esforços estão a ser envidados para que nos próximos anos possamos cultivar o arroz em toda a zona do projecto”, disse.
Para a presente época agrícola 2023/2024 está previsto o cultivo de uma área de 800 hectares, contra os 600 hectares da campanha passada, caso as condições de trabalho permitam, tendo em vista que muitos equipamentos para desbravar a terra se encontram avariados.
Explicou que neste momento estão a preparar todo o terreno para iniciar no próximo mês com o plantio do arroz, uma vez que já foi finalizada a aplicação de calcário para correcção da acidez dos solos. Anunciou que para a campanha agrícola 2023/2024, cujas sementeiras estão previstas a partir do dia 01 de Setembro, 80 por cento das sementes de arroz serão da variedade Esmeralda do Brasil, por se adaptar bem ao clima e terreno da comuna do Longa.
Tomás Barroso recordou que na campanha agrícola 2022/2023 foi feito um investimento de cerca de 600 mil dólares com um número total de colaboradores permanentes de 22, sendo 19 angolanos e três argentinos. Bem como, foram contratados por dois meses 100 trabalhadores temporários das diferentes aldeias ao redor da fazenda, para capinar a área de produção.
Financiamento do Planagrão
Tomás Barroso disse que neste momento estão bem avançados os processos para que a Fazenda Agro-industrial do Longa possa beneficiar do financiamento do Executivo angolano, no quadro do Planagrão.
O engenheiro agrónomo fez saber que com o referido financiamento a empresa ALCAAL-Angola pretende investir exclusivamente na aquisição de máquinas, mais especificamente a tractores, semeadoras e pulverizadores.
Segundo Tomás Barroso, a sua empresa pretende ainda implementar outros projectos de fomento de produção de hortícolas que actualmente estão em fase experimental e também de criação de porcos, cabritos e galinhas. Anunciou que a ALCAAL-Angola está a trabalhar numa etapa de diagnóstico com uma equipa do Programa Alimentação Mundial (PAM), para a implementação de um projecto de agricultura familiar que terá a duração de dois anos e que vai abrangir diversas áreas do Longa. Publicado pelo JA
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