Responsável municipal da Acção Social do Cuanhama defende cooperativismo para combate as assimetrias.

A directora municipal da Acção Social do Cuanhama, província do Cunene, Ermelinda Alfredo, incentivou, este sábado, as mulheres no meio rural no sentido de constituírem cooperativas agrícola e aderirem aos créditos, para o combate às assimetrias e desigualdades sociais.

Fotografia: DR

Falando no acto de abertura da palestra sobre “A mulher rural e o acesso ao crédito”, dirigida às mulheres da localidade de Okapanda, a dirigente lamentou o facto de que apenas 30 porcento das mulheres são donas formais das suas terras, 10% conseguem ter acesso ao crédito e apenas 5% beneficiam de assistência técnica.

A dirigente sublinhou que, as mulheres rurais são as que mais vivem em situação de desigualdade política e económica, enfrentam mais restrições que os homens no acesso à terra, sementes, tecnologia, ferramentas, acesso ao crédito.  

Ermelinda Alfredo, afirmou que as mulheres rurais são responsáveis por mais de metade da produção de alimentos, exercendo também um importante papel na preservação da biodiversidade, do garante da soberania e da segurança alimentar.

A palestra marcou a abertura da jornada do 15 de Outubro, Dia Internacional da Mulher Rural, instituído em 1996, após a conferência das Nações Unidas sobre as Mulheres, realizada em Pequim, China, em 1995.

Formalizada posteriormente pela Assembleia-Geral das Nações Unidas na sua resolução 62/136, de 18 de dezembro de 2007, a efeméride constitui um digno reconhecimento do papel e a contribuição das mulheres rurais no reforço do desenvolvimento agrícola e rural, na melhoria da segurança alimentar, na erradicação da pobreza e no desenvolvimento das suas comunidades. 

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