“Eu sonhava ser piloto, engenheiro de minas ou informático, hoje faço agronomia com gosto e vontade, penso que faço muito bem.”
Jovem Angolano, interessado no desenvolvimento e comércio do agro-negócio, Ildefonso dos Santos Victorio Segundo, filho de pais camponeses, de 34 anos de idade, natural do Kwanza Sul, formado em agronomia. Concluíu o segundo ciclo de formação no Instituto Médio Agrário de TChivinguiro, na província da Huíla. Em 2009, regressou a sua terra natal, província do Kwanza Sul onde deu continuidade do curso no Instituto Superior Politécnico Agrário.
Mesmo no meio de tantas dificuldades, como pouco recurso financeiro o empresário não cruzou os braços, não parou e nem ficou a observar as belas paisagens do Kwanza Sul onde as principais actividades estão ligados à agropecuária, talvez, é por esta razão que contribuiu para que o jovem empresário se formasse em agronomia.
Em entrevista o empresário fez saber que as principais de dificuldades que enfrentou foram várias, desde tenra idade “só o facto de seguir um curso que não era do meu sonho foi duro, foi uma dificuldade enorme porque agricultura é uma actividade que ninguém tinha vontade de fazer, era vista como actividade dos mais atrasados, dos menos atentos, com pouco recurso, fixar-se no campo foi difícil, mas a vontade de fazer, e a resiliência de querer vencer foi a base de tudo.
As coisas na minha vida aconteceram muito rápido, disse Ildefonso, Antes de ser empreendedor, depois da formação, Ildafonso elaborava projectos agrícolas como contracultura, programas como planos de produção, estagiou na fazenda boa Boa-venturança o que me permitiu visitar outras fazendas e projectos que lhe deu o now kwau para o desenvolvimento agropecuária.
Em 2013, ingressou ao projecto Terra do Futuro S.A., que tinha como objectivo estimular o tecido empresarial agrícola, formando jovens e dando acesso e facilidade ao crédito, onde recebeu a formação de jovens empresários agrícolas, no final do curso foi financiado pelo BDA, com valor de USD 1.431 mil.
O projecto Terra do Futuro foi lançado em 2009. E, era uma promessa para produção de cereais em Angola, semelhante ao projecto do Planagrão. O objectivo era o aumento da produção nacional.
O jovem sonhador, não esbanjou o financiamento em compras bens de luxo, adquiriu uma fazenda dentro do projecto Terra do Futuro. Nesta fazenda, parte desta área, o empresário tem explorado na produção de milho feijão, hortícolas diversas, tubérculos, café e fruteiras. Na pecuária, conta com 50 coelhos, 10 matrizes de suínos, 150 galinhas e 10 caprinos.
Ildefonso começou com pequenas parcelas de terras em áreas inferiores a meio hectare, “comecei em hortícolas por ser a cultura mais rápidas e mais rentáveis”, frisou, aos microfones do portal Economia Rural “ER” – “não escolhi agricultura, agricultura é quem me escolheu.”
A sua paixão pela agronomia surge ao decorrer da formação, de um curso que não escolheu. A iniciativa de fazer agronomia parte da sua mãe, Sra. Bernarda, camponesa de profissão, que teve o sonho de ver o seu filho formado em agronomia. Por esta razão, em 2004 enviou-lhe a província da Huíla. Aos 14 anos, adolescente na altura, não pretendia, mas pela persistência da mãe, acabou por ir e hoje, é o resultado da persistência e educação recebida dos seus progenitores.
No mês de Outubro, fez uma sementeira de 3 hectares de batata greladas, do qual se perspectiva colher cerca de 100 toneladas de batata. Parte da colheita será comercializada nos mercados informais.
De acordo Ildefonso, os investimentos na agricultura são muito alto, mas tem um retorno melhor, permite que as pessoas desenvolvam e crescem com muito mais velocidade desde que se tenha em conta o factor inicial.
O empresário dá boas vindas á todos que pretendem enveredar para agricultura, diz que há espaço para todos, e oportunidade essencial a desenvolver.
“Eramos vistos como pobres ovelhas negras da família, homens do mato, hoje agricultura é um negócio do presente e do futuro, o nível populacional continua sempre aumentado, e todos precisam se alimentar”, disse o empresário.
“No agro, agente se diverte fazendo dinheiro, é a arte da multiplicação “
Para o empresário Ildefonso, a agricultura é o “carro-chefe” que serve para impulsionar o desenvolvimento sustentável de qualquer país, chega a ser o sector que mais garante a empregabilidade nas zonas rurais. É um dos sectores chave para o desenvolvimento económico e que impulsiona as outras actividades, disse.
O nosso país, durante muito tempo, esteve focado na produção petrolífera e, com essa oscilação do preço do barril do petróleo , viu-se o ramo da agricultura como uma forma de diversificar a economia nacional.
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E uma grande verdade falar deste guerrelheiro do agro negocio. Vontunuaremos lutando pois é sim ppssivel viver do agro, o desafio é grande e é possivel. Campos alimentan cidades e nao so. Juntos pelo agro