O Grémio dos Comerciantes e Produtores de Milho de Angola “EPUNGU” vai apostar na dinamização de uma rede de produtores para escoar os cereais do meio rural para as grandes superfícies comerciais no país, com vista a garantir, cada vez mais, a segurança alimentar. Soube o Economia Rural
Denominado Epungu, o grémio pretende, igualmente, intervir directamente nos sectores da produção, isto é, fazer com que as sementes, fertilizantes e outros meios de trabalho cheguem às famílias camponesas atempadamente.
Em declarações à imprensa, no Lubango, o director executivo do Epungu, Ventura Atewa, considerou que Angola tem condições para promover a produção de excedentes de alimentos e exportar, o que falta são as aberturas da banca em financiar produtores para a concretização tal desiderato.
Falando à margem de uma reunião de direcção para abordar a questão das infra-estruturas para a conservação de cereais, afirmou que o Grémio precisa de apoios financeiros para a reabilitação de silos e armazéns, bem como capacitar os produtores no domínio de extensão rural, para que os mesmos tenham acesso ao crédito para o fomento agrícola, em grande escala.
Segundo o responsável, estudos indicam que havendo aprimoramento técnico de boas práticas agrícolas, com recurso a sementes melhoradas, podem ser produzidas entre 500 a 600 a mil quilos por hectare, o que viria a reforçar a Reserva Estratégica Alimentar (REA).
Reforçou que o milho é um dos cereais mais importantes para a vida económica do país e para o bem-estar da segurança e da economia alimentar, pois em torno dele giram os derivados como as farinhas, o farelo, óleo refinado e a ração para alimentar aves.
Sobre o estado actual das infra-estruturas de silos e armazéns para conservação do milho, no país, afirmou que desde a sua construção nos anos 1930 andam degradadas e precisam de ser reabilitadas.
Lembrou que no início deste ano fez-se um levantamento dos silos e armazéns existentes no corredor de Benguela, Huambo, Cuanza Norte e Huíla, que com uma parceria com o governo serão reabilitados.
O encontro com a duração de um dia está, igualmente, a abordar temas ligados a importação de adubos, de sementes, participação das fábricas de fertilizantes, fornecimento de pequenos equipamentos agrícolas, criação de equipas de extensionistas e o seu impacto sobre o Planagrão.
O Grémio dos Comerciantes e Produtores de Milho de Angola (EPUNGU) foi criado em 1933 anteriormente denominado Grémio do Milho ultramar e, em 1961, passou do grémio do milho ultramar para comerciantes e produtores do milho de Angola, cujo foco é de defender os interesses dos seus filiados. Actualmente, conta com mais de mil filiados.
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