As atividades humanas levaram a que seis de nove fatores que mantêm a estabilidade do planeta tenham sido ultrapassados, indica um estudo hoje divulgado pela Universidade de Copenhaga.
O estudo atualiza o quadro das fronteiras planetárias e mostra que as actividades humanas estão a ter um impacto crescente no planeta, aumentando o risco de acontecerem alterações dramáticas nas condições globais da Terra.
O quadro das fronteiras planetárias aplica os mais recentes conhecimentos científicos sobre o funcionamento do sistema terrestre para identificar um “espaço operacional seguro” para a humanidade, propondo limites a partir das quais as actividades humanas podem desencadear mudanças irreversíveis nas condições da Terra que permitem a vida humana.
As nove fronteiras representam componentes do ambiente global que regulam a estabilidade e a habitabilidade do planeta para as pessoas.
Durante mais de três mil milhões de anos, a interação entre a vida e o clima controlou as condições ambientais globais da Terra. Mas as actividades humanas, como as mudanças de utilização do solo, a alteração da quantidade de água nos rios e no solo, a introdução de produtos químicos sintéticos no ambiente e a emissão de gases com efeito de estufa para a atmosfera, influenciaram essa interação.
O estudo conclui que é preciso respeitar e manter as interações no sistema terrestre é fundamental para garantir que as actividades humanas não desencadeiam mudanças dramáticas no estado da Terra, que provavelmente diminuiriam a capacidade do planeta para suportar as civilizações modernas.
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