Empresa ALCAAL-Angola pretende ser o maior fornecedor do Arroz no País

A empresa ALCAAL-Angola já investiu mais de um milhão de dólares desde 2021 que assumiu a gestão da Fazenda Agro-industrial do Longa, no quadro do Programa de Privatizações (PROPRIV) e considera positivo os resultados alcançados até agora são animadores, para tornar o empreendimento num dos maiores fornecedores de arroz no país.

O único activo do Estado privatizado na província do Cuando Cubango, está localizado na comuna do Longa, município do Cuito Cuanavale, a 87 quilómetros da cidade de Menongue e esteve paralisado há mais de três anos.

O responsável da Fazenda Longa, Tomás Barroso explicou que os valores até agora investidos foram utilizados principalmente para compra de peças de reposição de máquinas agrícolas, produtos agroquímicos para correcção dos solos, sementes e fertilizantes.

Acrescentou que os mais de um milhão de dólares serviram também para pagamentos de salários dos 22 funcionários, dos quais 19 angolanos e três expatriados, assim como de 200 funcionários eventuais e para a compra de combustível, alimentação, entre outros gastos.

Tomás Barroso disse que a empresa ALCAAL-Angola recebeu a Fazenda Agro-industrial do Longa com maior parte dos equipamentos avariados ou em mau estado de conservação, com realce para tractores e respectivas alfaias agrícolas, máquinas semeadoras e colhedoras, pivôs de irrigação e camiões basculantes.

Fez saber que os três anos que a fazenda ficou paralisada boa parte dos equipamentos foram vandalizados e outros estragaram devido o tempo que ficaram sem serem usados. Destacou que a fábrica de processamento de arroz, com um forno de secagem, máquinas de descasque e embalagem, bem como os três silos com capacidade para armazenar nove toneladas foram os únicos equipamentos que desde a inauguração em 2014 funcionam com normalidade.

Passados dois anos desde que ALCAAL-Angola assumiu a gestão da Fazenda Agro-industrial do Longa muita coisa mudou, tendo em vista que foi recuperado muitos equipamentos outrora avariados e que, actualmente, estão a permitir desbravar a terra, semear, regar e colher o arroz. O imponente empreendimento que custou aos cofres do Estado cerca de 76 milhões de dólares, voltou a produzir arroz em grande escala e na campanha agrícola 2022/2023 a empresa ALCAAL-Angola teve a primeira colheita de mais de 1.100 toneladas deste cereal limpo que foram embalados em sacos de 25 quilos.

com esta produção experimental de arroz, a empresa ALCAAL-Angola conseguiu arrecadar mais de 300 milhões de kwanzas com a venda de sacos de arroz de 25 quilogramas a 9 mil kwanzas aos empresários das províncias do Cuando Cubango, Luanda e Huíla.

Nos principais estabelecimentos comerciais da comuna do Longa e da cidade de Menongue, o saco de arroz de 25 quilogramas foi comercializado a 11 mil kwanzas e devido à procura o produto no mercado local esgotou em menos de três meses. 

A primeira safra de mais 1.100 toneladas permitiu ainda prestar uma doação de 60 toneladas ao governo da província para apoiar as famílias que foram afectadas pela estiagem nos nove municípios que compõem o Cuando Cubango.

Tomás Barroso afirmou que o balanço é 100 por cento positivo desde que assumiram o empreendimento, uma vez que foram alcançados os objectivos definidos de plantação, colheita, processamento e comercialização do arroz. publicou o JA

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