É inegável que os desafios da Nação e sobretudo do crescimento económico passam pelo sector da economia rural. Historicamente, um sector que engloba toda a actividade económica de exploração agrícola, pecuária, à extração e exploração vegetal e animal, desde a apicultura, avicultura, suinocultura, sericicultura e piscicultura.

Números recentes publicados pelo INE-Angola dão conta que a taxa de emprego em Angola está estimada em 60,2%, sendo na área rural ligeiramente superior à urbana (59,4% e 61,8%) respetivamente, resultando numa diferença de 2,4 pontos percentuais.

Deve-se pontuar também que a economia rural constitui um manancial de oportunidades imensas de produção de bens e serviços com grande potencial de empregabilidade e fornecimento de alimentos essenciais para as populações do país que minguam de pão e padecem de desnutrição severa em algumas zonas do território.

A começar pela produção da fileira vegetal de cereais, raízes e tubérculos, leguminosas e oleaginosas, fruteiras e hortícolas das diferentes culturas, acresce-se o potencial para produção de cacau e café, a economia rural é o petróleo verde, podendo servir de fonte de exportação e tirar o país da petro-dependência.

No entanto, a reforma agrária e os esforços para modernizar a agricultura devem ser prioridades para o Executivo angolano, devendo criar condições necessárias para melhorar a formação e a capacitação dos agricultores, bem como investir em infraestrutura tecnológicas capazes de aumentar a produtividade e garantir a sustentabilidade do sector agrícola.

A diversificação das actividades económicas nas áreas rurais também é um ponto importante, assenta na criação de projetos que promovem o desenvolvimento de pequenas e médias empresas, o turismo rural e a produção artesanal, de forma a poder contribuir para a criação de empregos e a geração de renda, além de ajudar a reduzir a dependência da agricultura tradicional. Basta ter vontade de fazer!

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