O Governo e a Associação dos Panificadores acordaram que, a partir de 24 de Setembro, dia da Independência da Guiné-Bissau , um pão passaria a custar 150 Francos CFA (199,92 Kwanza), em vez de 200 Francos CFA (266,56 Kwanza).
Entretanto, há uma semana que escasseia pão no país, inicialmente, as padarias foram encerradas pelos próprios padeiros, que alegam prejuízo caso pratiquem o novo preço estipulado pelo Governo. Agora, produziu o pão, mas em pouca quantidade que não chega para fazer face à procura da população.
Os padeiros desativaram a renegociação com o executivo e a nova baixa do preço da farinha de trigo. A farinha custava 29.000 Francos CFA (38 651,21 Kwanza), mas o executivo decidiu fixar um novo preço de 24. 600 Francos CFA (32 786,89 Kwanza), que ainda assim não agrada aos panificadores.
Mas neste sábado (30 de Setembro), um grupo de associações de comerciantes e retalhistas dos mercados da capital guineense apelou ao cumprimento da decisão governamental sobre o novo preço do pão. Bubacar Martins Sambú, um dos que se pronunciaram, disse que é preciso evitar uma crise no país.
“Se hoje o preço de um pão está fixado em 150 Francos CFA, penso que não há problema. E os padeiros que acatem a decisão do Governo e se entenderem e evitarem provocar crises entre as instituições do Estado. também o bem do povo para que possamos crescer”, defende.
Já, Jamel Handem, outro padeiro , afirma que a decisão do Governo de baixar o preço do pão é inegociável.
“A farinha da marca (bola-bola) é que está no quadro do acordo que fizemos com o importador, e o pão dessa farinha tem que ser vendido a 150 Francos CFA. Nisto nós não recuamos. Mas se a pessoa faz um pão com o dobro do tamanho e quiser vender-lo a 200 Francos CFA, isso é outra coisa. Mas em tamanho de 150 Francos CFA, não pode vender um pão feito com a farinha-bola a 200 Francos e isso é claro”, sublinha.
Conforme noticiou a DW, para vários observadores, a intervenção do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, no assunto acabou por complicar a situação e defender um espírito apaziguador do chefe de Estado.
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