Cooperativismo apontado como solução na luta contra à pobreza

Sob o tema “Tecnologias Sociais de Combate à Pobreza”, deu-se, quinta-feira, 4, a bertura da segunda edição do Fórum sobre Economia Solidária “FES24”, realizado pela Ato Internacional Consulting, no Instituto Nacional de Administração de Política Pública INAPP, em Luanda.

A Presidente do Conselho de Administração da Ato, Vânia Frederico, na apresentação do FES24 sobre motivações da entidade promotora, objectivos e expectativas esclareceu que no âmbito da responsbilidade social, acolheu a Economia Solidária em primeiro lugar para estar em aliamento com os objectivos de desenvolvimento sustentável, bem como para as Nações Unidas relativamente à promoção da economia social e solidária. Ou ainda, para para estar em alinhamento com a Organização Internacional do Trabalho que já tem um relatório sobre Economia Social e Solidária como uma economia de trabalho digno e também de bem-estar.

“E, portanto, nessa perspectiva, conhecendo a realidade de Angola, do nosso país, e, como consultora, uma das nossas principais actividades é o estudo da economia. O estudo do nosso ambiente. E, tendo em conta as caracteristicas da nossa economia, nós estamos a viver, de facto, ambiente já há algum tempo a nível das empresas, a nível das famílias momentos difíceis e, portanto, o desemprego no meio da comunidade e nós temos relatório que a taxa de desemprego aumentou e temos uma população que cresce a 3,3% e uma economia que decai. Temos mais pessoas com necessidades de trabalho e temos as empresas que não têm a capacidade de absorver força de trabalho para dar resposta ao número de angolanos que precisam de emprego.” Frisou

Para Josué Chilundulo, economista, um dos participantes do workshop, as cooperativas são modelo organizacional solidário produtivo que é capaz de minimizar conflitos entre pares, minimizar até a taxa de sacrificio dos trabalhadores para terem acesso ao emprego.

“Nós decidimo nos concentrar exclusivamente para o cooperativismo aplicado no modelo aplicado, porque entendemos que com base no modelo de cooperativismo é possivel se estimular modelos de desenvolvimento local que serão capazes de responder aqueles indicadores negativos que nós temos ali em relação à estatistica. O cooperativismo tem uns principios que são norteados pela agência internacional de cooperativismo “ACI”. As cooperativas são do modelo organizacional solidário produtivo que é capaz de minimizar conflitos entre pares, minimizar até a taxa de sacrificio dos trabalhadores para terem acesso ao emprego é por via das cooperativas.” Disse.

O evento contou, no primeiro dia de actividade, com a presença da Ministra da Acção da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Ana Paula do Sacramento Neto, que deu a abertura oficial do certame, nas entrelinhas, salientou a importância, para além de outros objectivos, não menos relevantes, visa essencialmente criar uma plataforma de debate e discussão permanentes voltadas à potenciação, organização e expansão das boas práticas da Economia solidária. Realçou ainda que o executivo angolano tem implementado um conjunto de programas e projectos destinados à redução da insidência da pobreza que afecta parte considerável da nossa populção.

“Porém, essas intervenções requerem complementariedade por parte de outros actores sociais, parceiros e das próprias comunidades através das suas iniciativas solidárias. Os governos provinciais contam com as cooperativas de promoção de desenvolvimento social e económico, especialmente nas áreas rurais, sendo necessário o reforço, apoio e acompanhamento das mesmas. O Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, no quadro das suas acções estatutarias, vem executando a política de protecção social nos grupos da população em situação de vulnerabilidade, bem como a defesa e bem-estar da família, desenvolvimento das comunidades, protecção dos direitos da criança e garantia da igualdade do género em consonância com o Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027. Para o alcance dos indicadores e metas estabelecidas no PDN, no primeiro semestre do ano em curso, foram sensibilizadas 18 mil e 51 pessoas sobre diversas temáticas ligadas à família, no âmbito do projecto Jango de Valores. No domínio da promoção do género e empoderamento da mulher, foram sensibilizadas 3.569 pessoas sobre questões de géneros capacitados 2.950 mobilizadores activistas em género e 544 jovens raparigas capacitadas em gestão de pequenos negócios e formadas 1239 parteiras tradicionais.” Esclareceu.

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