Comércio transfronteiriço com queda de 40 %

A balança comercial de bens com os países fronteiriços, nomeadamente, República Democrática do Congo, (RDC), Congo Brazzaville, Namíbia e Zâmbia, registou, em 2023, um saldo de 106 milhões de dólares favorável a Angola, 39,5 %  abaixo dos 175 milhões do ano anterior, segundo estatísticas da Administração Geral Tributária (AGT).

Fotografia: DR

As exportações de bens para os países fronteiriços decresceram 32 % , de Janeiro a 19 de Dezembro do ano passado, face ao mesmo período do ano anterior, tendo atingido 184 milhões de dólares, de acordo com números do comércio transfronteiriço fornecidos pela AGT ao Jornal de Angola.

De acordo com os dados  a RDC, foi o principal país de destino dos bens exportados por Angola, mas esses fornecimentos diminuíram 3,0 % em comparação ao ano anterior.

As importações de bens dos países fronteiriços registaram , de Janeiro a Dezembro, uma descida na ordem dos 21 % face ao período homólogo, tendo atingido 78 milhões de dólares.

A Namíbia foi o principal fornecedor de bens para Angola. Entretanto, as importações diminuíram 12 % em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A queda  do comércio transfronteiriço coincide com a adopção, em Angola, de pautas  aduaneiras concebidas à luz dos conceitos da política institucional angolana adoptada com o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI).

Esse programa foi instituído para acelerar o processo de diversificação da economia nacional, priorizando o fomento da produção e da exportação nos sectores não petrolíferos, assim como nas fileiras com forte potencial de substituição de importações.

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