ANGOLA, repensar o modelo de diversificação económica…

De norte a sul, do oeste a leste, Angola possui uma superfície total de 1.246.700 km². Abençoada com 35 milhões de hectares correspondentes às terras aráveis, dos quais apenas 5 milhões estão em plena produção, que a colocam, actualmente, em posição privilegiada no ranking mundial de produção de mandioca, banana e batata rena.

Seu vasto território abrange, a oeste, as lindas praias do Oceano Atlântico. Rios e desertos rasgam a fronteira sul de Angola até a vizinha República da Namíbia. A norte, encontra-se a segunda maior floresta do mundo, Mayombe, com 250 mil hectares – considerada uma das sete maravilhas de Angola, repleta de encantos e diversidade biológica; e a Leste, está cercado pelas águas do lago Zambeze, o maior de Angola.

Com todo este manancial de riquezas pouco explorado, o sucesso da política de diversificação económica é um dado adquirido, desde que se olhe para o trio do desenvolvimento: Agricultura, Cultura e Turismo como um novo petróleo a refinar ou diamante a lapidar.

Do fio à meada, muito se tem a fazer: transitar do modo de produção agrícola rudimentar para mecanizada e com novas técnicas e tecnologia de produção. Catalogar os atrativos turísticos e criar infraestrutura de apoio para sua exploração. Transformar a cultura, de mera referência identitária, para fazer surgir o sector de industrias culturais. Este é o caminho…

Aliás, a instabilidade de preço do petróleo levou o Executivo a virar a suas baterias para a economia rural, com desejo de diversificar a fontes de receitas, fomentar o emprego, atingir a autossuficiência alimentar e garantir o bem-estar das famílias. E por que não, exportar o excedente da produção!

A aposta do governo na agricultura, cujos resultados positivos estão amostra de quem quer ver, permite àqueles que acreditam no país em sonhar com uma economia agrária robusta a médio prazo. Os sinais estão aí, Angola é e continua como o primeiro produtor de banana em África e o sétimo maior no ranking mundial liderado pelo Brasil.

Por esta e outras razões, chegou a hora de olharmos para o sector da Agricultura, da Cultura e do Turismo com o igual brilho no olhar de quando falamos de petróleo, juntando sinergias, criando planos integrados, multissectoriais, estruturados e participativos, isto é, envolvendo todos os player do mercado para que se possa obter maiores resultados na execução dos mesmos e termos a tão sonhada diversificação económica e autossuficiente alimentar.

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