“Não é justo que um continente tão vasto em terras aráveis como África continue a importar mais de 20 milhões de toneladas de milho, mais de 12 milhões de toneladas de arroz, e milhões de toneladas de muitos outros produtos alimentares todos os anos”, disse a Comissária da União Africana para Agricultura, Desenvolvimento Rural e Economia Azul, Josefa Correia Sacko quando falava no evento dedicado aos agro-parques comuns africano.
A diplomata chama atenção ao continente, dizendo “Devemos recuperar este suculento mercado de mais de mil milhões de dólares por ano que está actualmente a ser oferecido ao mundo, e que nos impede de oferecer empregos decentes aos jovens africanos, que se sentem obrigados a ir e afogar-se nos grandes oceanos em busca de um futuro melhor. Isto tem de parar!”, frisou. Para Josefa, África entrou num período bastante crítico da sua história, e mudar o seu curso já não é uma questão de escolha, mas sim, ” ou tomamos o seu destino nas mãos, ou continuaremos a ser um espectador do sucesso de outros continentes. Hoje, a área de Comércio Livre Continental, mostra-nos qual o caminho a seguir para o destino, portanto, temos de fazer essa escolha agora”, Alertou.
A embaixadora frisou que o destino de “África já não se encontra nos grandes discursos e relatórios sobre o desenvolvimento do continente, mas sim, em acções corajosas de integração que requerem a criação de estruturas mais atractivas para os grandes investidores privados para o desenvolvimento do continente”.
Segundo a responsável do pelouro da Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente sustentável, da União Africana, o “sino ” para a industrialização de África deve tocar alto durante os próximos 10 anos, para despertar os africanos para as ambições e assim alterar as projecções sobre as importações de alimentos que ascenderam para mais de 110 por cento do abastecimento alimentar mundial, estimado em mil milhões de dólares até 2025, segundo dados do Banco Africano de Desenvolvimento.
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