O Governo da província do Cunene realizou esta quinta-feira um levantamento dos hectares disponíveis, nas margens do canal do Cafu, para o aproveitamento da prática da actividade agrícola de diversos cereais
De acordo com o vice-governador para o sector Técnico e Infraestruturas do Cunene, António Matias, no final do trabalho de constatação, num percurso dos 165 quilómetros do canal, desde a região do Cafu até Ondobodola.
O responsável fez saber que, o levantamento vai permitir organizar, em loteamento, e, posteriormente, fazer a distribuição às famílias locais para produzirem cereais e hortaliças como tomate, cebola, couve, repolho, entre outros para o consumo.
Acrescentou ainda que existe uma área vasta, mas uma parte é shana que no tempo chuvoso enche de água, daí esse estudo apurado para se identificar a parte que deve servir para agricultura familiar, aproveitando a quantidade de água.
Informou que está a decorrer o processo de cadastramento das famílias que vivem ao longo do canal para o incentivo da agricultura, visando o combate à fome e pobreza no seio das comunidades.
António Matias destacou a importância e os benefícios que o canal trouxe para a província, no domínio da produção agrícola e no equilíbrio do ecossistema.
Lembrar que, o canal foi inaugurado em Abril deste ano pelo Presidente da República, João Lourenço, consiste num sistema de captação e transferência de água do rio Cunene para várias povoações, através de um canal adutor, com 165 quilómetros de extensão.
Conta com 30 chimpacas (locais para abeberamento do gado), com capacidade para 30 milhões de litros cada, e vai beneficiar, um total de 230 mil habitantes e 255 mil cabeças de gado.
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