De acordo com o INE- O instituto Nacional de Estatística, somos 35 milhões de Angolanos.
63% da população vive nas cidades e 37% no meio rural.
Os dados divulgados, demostram claramente onde estão os pontos críticos e chaves e também onde estão as oportunidades.
A acredito que o desenvolvimento das zonas rurais, deverá ser um catalisador, importante para diminuir o esforço que estes números impõe sobre a capacidade que os centros urbanos têm de albergar com qualidade e eficiência, este enxame de pessoas.
Com uma população que corresponde a 44% de 0-14 anos (presume-se Não produtiva), a necessidade de alimentação, educação (escolas e outros sistemas educacionais como a cultura, moral e a ética) mobilidade, habitação, acesso à internet e por último mas não menos importante, a saúde, é enorme.
O Governo terá de ter a máquina bem oleada para fazer face às exigências impostas pela fértil natalidade dos angolanos, mudar o currículo educacional para incluir a educação sexual, de formas que os jovens entendam as consequências da gravidez não planejada.
Com o desenvolvimento rural, garantimos produção de alimentos, um casamento entre o agro e a indústria, com a capacidade de absorver uma quantidade significativa de mão de obra e o desafogamento das cidades, estabilidade e qualidade social.
O Governo, terá de olhar para uma estratégia que faça face ao movimento migratório do campo para a cidade, implementando programas de fomento para que as pessoas mantenham-se e voltem para o campo.
A juventude não irá permanecer no campo e nem na zonas rurais se não existirem condições básicas de mobilidade, comunicação e de habitabilidade- Virão todos à cidade a procura de melhores condições de vida e a cidade não acompanha de forma eficiênte a demanda imposta por serviços básicos e de saneamento.
Entre os 15-24 anos de idade, presume-se a faixa etária em que a população começa a sua vida sexual e o desejo de formar família, embora que a tendência da nova geração é começar a formar família mais tarde, no entanto, estando sexualmente activa e sem uma educação sexual e moral eficiente, entranhada no seu viver, agrava-se a natalidade desestruturada e sem planeamento, aumentando a incidência de doenças sexualmente transmissíveis, trazendo para o Estado, a responsabilidade pecuniária de suportar as despesas e a gestão através de políticas públicas e programas para o efeito.
A administração do Estado tem de funcionar como uma verdadeira máquina, coordenada e programada a RESOLVER o problemas e apresentar SOLUÇÕES.
O quadro apresentado pelo INE, deve gerar uma profunda reflexão à todos os níveis da sociedade, não deixemos esta tarefa na responsabilidade única e exclusiva do Governo, temos de participar ativamente para encontramos soluções e sermos actores do nosso destino.
Texto de: Filipa Oliveira, CEO da hashtag#MIRA, adaptado por; Paula Bartolomeu, Fundadora da Fazenda Maravilhosa.
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