Exposição “As Pinturas de Matondo” retrata o quotidiano dos angolanos

A complexidade da existência humana, os conflitos familiares e a realidade social dos angolanos são alguns dos aspectos visíveis na exposição “As Pinturas de Matondo”, do mestre Matondo Alberto, patente, desde quarta-feira, na Galeria Tamar Golan, na Ilha do Cabo, em Luanda.

Fotografia: Dr

Pintor no momento de interacção com o público dava detalhes dos quadros que abordam as vivências e os hábitos socioculturais de várias regiões do país, onde a figura feminina está representada

Quase duas décadas depois da última exposição individual, em 2006, o artista plástico apresenta um total de 15 quadros de pintura sobre tela, que retratam o quotidiano dos luandenses, em particular, e dos angolanos, em geral.

As obras ficam patentes até ao dia 9 de Julho, e podem ser visitadas de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 16h00, na Galeria Tamar Golan, na Ilha de Luanda.

Na obra “Aonde vai a nossa Cultura”, o artista deixa uma reflexão para todos “os operários da cultura”, no sentido de recuperar e valorizar cada vez mais a identidade do povo angolano e a produção feita pelos artistas nacionais.

Em declarações ao Jornal de Angola, Matondo Alberto admitiu que não realiza exposições há 18 anos não porque não quisesse, mas por falta de materiais no mercado para poder concretizar o seu desejo. O artista contou que durante todo este tempo tem muitas obras na União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAC), mas que não são comercializadas, e isso dificulta novas produções, porque não se vive apenas de oxigénio, os que fazem arte precisam de vender para sobreviver.

Mestre Matondo explicou que o título “A Pintura de Matondo” serviu para mostrar aos amantes das artes plásticas a alma que coloca nas suas criações, bem como celebrar os mais de 48 anos como artista. A inspiração para pintar, frisou, é algo que vem do espírito e da realidade social.

Para o historiador de arte e crítico Patrício Batsikama, que assistiu à inauguração da exposição, disse ser uma honra acompanhar a criação do Mestre Matondo, e revelou que se identificou com a tela “Vida Social”.

Patrício Batsikama referiu que na mostra, Matondo descreve acontecimentos reais do quotidiano e nas suas criações existem dois grandes momentos. O primeiro, apontou, é a construção social, enquanto no segundo apresenta a força de viver dos angolanos, que mesmo diante das actuais dificuldades económicas por que passam, as pessoas transformam o sofrimento em alegria. Publicou J.A

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