Momentos de choro marcaram a visita de turistas norte-americanos descendentes de escravos angolanos

Momentos de choro marcaram a visita de turistas norte-americanos, descendentes de escravos angolanos, a monumentos históricos e símbolos do tráfico de escravos, na comuna de Massangano, município de Cambambe, província do Cuanza Norte.

Os afro-americanos visitaram a antiga Praça dos Escravos, a Fortaleza de Massangano, a Casa de Reclusão (antigo tribunal) e as ruínas da antiga Câmara Municipal, e depois de receberam explicações detalhadas sobre o tráfico nessa região do país e as funções, na altura, de cada infra-estrutura, despoletaram emoções negativas, que terminaram em lágrimas.

Pela primeira vez no país, a directora do colégio secundário (High School) John Marshall, na capital do Estado da Virgínia, Mónica Murray, visivelmente emocionada, explicou que tem estado a ler conteúdos sobre a história do tráfico de escravos em África, e particularmente de Angola, mas estando presente sente profundamente os horrores que aconteceram nesses locais.

A visitante tomou conhecimento da existência de um forno, na Praça dos Escravos, que servia para queimar escravos que não reunissem consenso de compra, por falta de porte físico que atraísse compradores, facto que confessou ter lhe deixado consternada, tendo considerado a acção como um holocausto.

Por sua vez, os irmãos Anthony Cherry e Sharman Cherry mostraram-se impressionados com o que viram e ouviram sobre o país, pelo que prometeram voltar nos próximos tempos.

Na ocasião, a turista Wanda Tucker fez uma oração e pediu um minuto de silêncio para honrar a memória de todas as vítimas do tráfico de escravos.

A visita ocorreu no quadro do roteiro “Angola Heritage Tour” e foi acompanhada pela vice-governadora do Cuanza Norte para o sector político, social e económico, Luzia José, e o administrador municipal de Cambambe, Adão Malungo. Publicou ANGOP

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