A acção é resultante do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC), em curso no país, desde 2018, começa a ser visível nas províncias de Malanje, Cuanza Norte, Cuanza Sul e Bié, onde os agricultores apostam, essencialmente, no cultivo do milho em grande escala.

Resultado do PDAC, financiado pelo Banco Mundial (BM) e pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), os beneficiários deste projecto migraram da prática da agricultura familiar para agricultura empresarial, com a ampliação das áreas de cultivo e apoio técnico especializado.
Dos 39 projectos financiados, até ao momento, destaca-se a fazenda agro-pecuária “António Neves Canje e Filhos”, que anteriormente dedicava-se apenas à actividade agrícola familiar, com a produção de diversas culturas, como o milho, feijão, batata rena, beringela, tomate cenoura e cebola.
Situado na comuna do Lombe, município de Cacuso (Malanje), este campo agrícola conta com 40 hectares de milho cultivados, no presente ano agrícola, contra pelo menos 15 hectares que eram cultivados antes do PDAC, segundo o proprietário desta fazenda, António Neves Canje em declarações à imprensa pública.
Por seu turno, a fazenda “Sorriso Alegre”, que antes também dedicava-se à agricultura familiar, agora a produzir milho e feijão em grande escala, com a chegada do PDAC, segundo o proprietário deste empreendimento, Noé Gomes.
Para a materialização deste desafio, o produtor anunciou que a sua fazenda beneficiou de 137 milhões de kwanzas, sendo parte deste financiamento serviu para compra de equipamentos agrícolas (tractor, charrua, entre outros meios de produção) e a construção de uma residência para os trabalhadores fixos no campo e uma casa para acomodar os meios de cultivo.
Com este investimento, avançou, foi possível cultivar 98 hectares de milho, na primeira fase do projecto agrícola, esperando pela colheita de cerca de 400 toneladas deste cereal mais consumido no país.
O projecto, a ser repetido em seis províncias do país (Malanje, Cuanza Norte, Bié, Huambo, Cuanza Sul e Huíla), até Maio de 2024, está direccionado, essencialmente, para a produção de milho, feijão, soja, café, mandioca, batata rena e doce, frango e ovo.
A iniciativa do Governo angolano tem um orçamento global de 115.9 mil milhões de kwanzas (230 milhões de dólares) sendo 130 milhões de dólares do Banco Mundial e USD 100 milhões da Agência Francesa de Desenvolvimento.
Com uma previsão de colheita de 4,5 ou 5 toneladas de milho por cada hectare, o PDAC visa, essencialmente, incentivar os produtores a aumentar a produção para sustentar a segurança alimentar no país.
Views: 8
Deixe um comentário