3ª Edição do Fórum de Agronegócio Debate Soluções para Diversificação Económica

Os problemas do agronegócio no país, as soluções tecnológicas que aumentem a produtividade agrícola e as estratégias para criar um sistema financeiro robusto que apoie os pequenos agricultores, foram temas abordados na 3ª Edição do Fórum Angolano de Agronegócio, na sexta-feira 25 de Outubro em Luanda, numa organização da Zambeca Internacional Business.

Fotografia: DR

A questão da propriedade de terra, a escassez de adubo e semente, o mau estado das estradas e o fraco envolvimento da banca, são questões que continuam a emperrar o desenvolvimento do sector agrícola no país, desabafa o empresário do ramo e porta-voz do evento, Gelson Neto.  

Em declarações ao portal Economia Rural, este fez saber que embora o governo tenha tomado algumas iniciativas louváveis como o Fundo de garantia de crédito (FGC), Fundo de Apoio ao Desenvolvimento (FADA), e outros, os seus efeitos são pouco tangíveis no meio rural, devido a inúmeras dificuldades no seu acesso e à falta de transparência na concessão de crédito. De facto, “o modus operandi desses fundos, têm criado mais constrangimentos à classe agrária”, afirma Gelson Neto.

A jogar mais sementes ao debate, o economista João Caveto esclarece que o estado do agronegócio em Angola deve ser aferido pelas condições que o campo apresenta como: energia, água, transporte e estradas. “Será que estão criadas? E se sim, são suficientes e adequadas? Pergunta, ao que responde categórico que não!    

Apesar dessas vicissitudes do sector, existe ainda muita gente a pensar agricultura, com muita vontade e muita “garra” para contornar as dificuldades e a produz bastante, diz o porta-voz, garantindo que hoje é escusado falar-se de falta de escoamento. Há sim, pouco consumo, devido ao baixo poder de compra das populações.

A corroborar, Daniel Sapateiro, economista, explica que 90 % da população que vive nas zonas rurais, produzem mais de 80% da comida que os angolanos consumem, isto é, comida não importada, o que quer dizer, existem muitos angolanos a praticar a agricultura, mas podem vir a ser muito mais, afiança.

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